quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

nova noticia Rio Grande do Sul.

Essa falta de informação é um dos problemas que uma lei sugerida pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS) tenta combater para evitar tragédias como a de ontem. A proposta prevê um calendário rígido de vistorias e manutenção que o Daer seria obrigado a cumprir. Para o presidente da entidade, Luiz Alcides Capoani, a obrigatoriedade poderia afastar problemas técnicos que comprometem as estruturas:

– Legalmente, o Daer não tem obrigatoriedade de manutenção. Tem normas técnicas, mas não é obrigado.

Segundo especialistas ouvidos por ZH, o volume e a velocidade da água poderiam ter forçado à exaustão a estrutura concluída em 1963. A correnteza, arrastando a vegetação, pode ter forçado a estrutura, além de deslocar materiais sob a água, deixando as fundações sem apoio no solo. Inadequação do projeto original às condições atuais de trânsito e clima também concorrem para o colapso.

– Hoje temos como examinar com mais apuro as condições ambientais. É provável que essas pontes mais antigas tenham de ser atualizadas para atender às condições de tráfego e clima – observa Rubem Schwingel, da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

nao tem nada pq o sait é novo

me add no msn davidgabriel_nunes@hotmail.com para ajuda eu

noticia de sao paulo

As chuvas que castigaram o litoral fluminense na virada do ano despertaram, mais uma vez, a veia solidária do brasileiro. Poucas horas após a tragédia, as redes sociais estavam tomadas de mensagens com o objetivo de arrecadar alimentos, medicamentos e roupas para os desabrigados. Das páginas de relacionamentos, a corrente eletrônica expandiu-se para outras plataformas e até um blog (1) específico para informações e doações foi criado. Ainda por meio da rede mundial de computadores, artistas e personalidades manifestaram apoio às vítimas e anunciaram medidas, como shows com renda revertida para a causa, com o objetivo de amenizar o sofrimento dos que perderam amigos e familiares nos temporais do último dia 31, na região de Angra dos Reis.

A internet, há tempos, é um canal de ajuda para pessoas que sofrem com tragédias e catástrofes naturais. Os exemplos são inúmeros, e as ferramentas utilizadas para esse fim, também. A notícia de que ondas gigantes engoliram ilhas no Oceano Índico e deixaram milhares de mortos, em 2004, não comoveu somente a população da África e da Ásia. Comunidades no Orkut criadas por brasileiros arrecadaram mantimentos para as vítimas. As enchentes que arruinaram a vida de catarinenses, em 2008, mobilizaram ainda mais internautas, e as doações ajudaram, aos poucos, a restabelecer a ordem no estado.

O empresário Carlos Silva, 38 anos, é um dos que engrossam o coro da solidariedade na internet. No dia seguinte ao réveillon, ainda estarrecido com os acontecimentos no estado do Rio de Janeiro, o morador de São Paulo entrou no Twitter para descobrir como poderia ajudar. A quantidade de mensagens sobre o acontecimento deixadas por outros membros do miniblog já era enorme. Por isso, endereços, telefones e números de contas bancárias logo foram enviados para Silva, que, além de contribuir com doações, repassou as informações para outros interessados em integrar a corrente do bem.

"A web é uma ferramenta extremamente poderosa em todos os sentidos. O que nos resta é decidir se queremos usá-la para o bem ou para o mal. Escutamos tantas notícias sobre crimes e barbaridades no mundo virtual que essas iniciativas para ajudar a quem precisa são um alívio, uma carga muito positiva para a alma", afirma o empresário. Carlos Silva se diz impressionado com a disponibilidade dos internautas em contribuir com causas justas. "É aquela história de que um cobertor guardado no armário da minha casa não tem tanto valor, mas sobre o corpo de vítimas de tragédias como a de Angra faz toda a diferença", completa.

Serviços na rede

Mais que um canal de ajuda para vítimas de desastres, a rede mundial de computadores é uma fonte bastante valiosa e completa de ferramentas que alertam os usuários sobre possibilidades de tragédias naturais e dão informações sobre vítimas, por exemplo. O próprio Twitter abriga essas funções. A agência US Geological Survey (USGS) tem um perfil na página para monitorar terremotos nos Estados Unidos. Quando há um tremor de terra em algum estado americano, as reações das pessoas que sofrem com esse fenômeno da natureza são analisadas pelos especialistas. Picos de posts sobre o tema são registrados sempre que há terremotos.

Há páginas eletrônicas desenvolvidas para alertar sobre catástrofes naturais, como tsunamis, por exemplo. No endereço tsunamialerts.org, é possível encontrar previsões das ondas gigantes nos oceanos Índico e Pacífico, no Havaí e em Porto Rico. Nos Estados Unidos, o site do Centro Nacional de Informação sobre Terremotos existe para determinar rapidamente o local e o tamanho de todos os grandes terremotos que acontecem no mundo. Depois de pronto, o registro é enviado para agências de notícias internacionais e cientistas. Lá, os internautas podem aprender como proceder antes, durante e depois dos tremores. As informações são bastante completas e, de acordo com o próprio centro de informação, úteis para preservar vidas.

Marcos Andrade, 29 anos, mora e estuda há cinco no Japão. Segundo ele, as notícias sobre manifestações perigosas da natureza são constantes. A preocupação é sustentada pela intensa atividade sísmica na região. "Alguns japoneses que conheço beiram a paranoia à procura de informações sobre terremotos. Mas eu entendo, porque muitos deles passaram por experiências traumáticas e perderam amigos e parentes nessas tragédias. Para eles, a prevenção é fundamental no sentido de atenuar ao máximo os riscos e, para isso, a internet tem uma importância enorme aqui. Aprendi a conviver com essa tensão", conta Andrade.

Apesar de centralizar ajudas para vítimas de tragédias e informações sobre como evitar esses acontecimentos, a internet pode esconder algumas armadilhas. Mesmo os sites que monitoram fenômenos da natureza alertam para os perigos de notícias falsas. Mais: comunidades virtuais chamam a atenção para a importância de acompanhar doações para que elas não sejam desviadas ou desperdiçadas.


1 - Ajuda aos necessitados
A publicitária Cristina Soares criou a página eletrônica Projeto Enchentes para ajudar vítimas de todo o país, além de trazer informações úteis como os contatos da Defesa Civil em todos os estados brasileiros.