Essa falta de informação é um dos problemas que uma lei sugerida pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS) tenta combater para evitar tragédias como a de ontem. A proposta prevê um calendário rígido de vistorias e manutenção que o Daer seria obrigado a cumprir. Para o presidente da entidade, Luiz Alcides Capoani, a obrigatoriedade poderia afastar problemas técnicos que comprometem as estruturas:
– Legalmente, o Daer não tem obrigatoriedade de manutenção. Tem normas técnicas, mas não é obrigado.
Segundo especialistas ouvidos por ZH, o volume e a velocidade da água poderiam ter forçado à exaustão a estrutura concluída em 1963. A correnteza, arrastando a vegetação, pode ter forçado a estrutura, além de deslocar materiais sob a água, deixando as fundações sem apoio no solo. Inadequação do projeto original às condições atuais de trânsito e clima também concorrem para o colapso.
– Hoje temos como examinar com mais apuro as condições ambientais. É provável que essas pontes mais antigas tenham de ser atualizadas para atender às condições de tráfego e clima – observa Rubem Schwingel, da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
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